domingo, 23 de dezembro de 2012

Diário de bordo - dia 23/12

Este ano abandonei um hábito antigo: usar relógio.
Não deixei de gostar do acessório, mas simplesmente, a minha equipe de relógios resolveu se rebelar contra a minha pessoa... pararam de funcionar ao mesmo tempo!
Mas, por que estou contando isso? Para explicar que mesmo não usando relógio fiz uma contagem regressiva para a viagem de final do ano...contei minutos e segundos, mentalmente!



Voar pela AeroMexico é emocionante, mesmo antes da viagem.
Comprei a passagem no início do ano e o horário do voo foi alterado 4 vezes, sendo que a última alteração ocorreu no dia do embarque.
Foi super legal chegar no aeroporto às 20:00h e receber a notícia que o voo mudou das 23:55 para às 4:00. Nem teve como "rodar a baiana" com a atendente, pois ela foi eleita por mim, a "miss simpatia" da aviação!
Check-in feito e o jantar no Viena foi por conta da companhia aérea..agora é só esperar pelo "trem" e dormir sentado ou esperar sentado e não dormir...

domingo, 16 de dezembro de 2012

Encontrando a Paz em São Francisco Xavier / parte VII

No dia seguinte, resolvi fazer uma "parada" que simplesmente AMO: andar a cavalo.
Como uma "menina" da cidade grande que sou, não tenho muitas oportunidades de cavalgar.
Escolhi a cavalgada até a pedra redonda. Este passeio tem três horas de duração, o que me fez pensar que a tal pedra deve ter saído rolando, pois leva-se muito tempo para encontrá-la.
O agendamento é feito na própria pousada e fui de carro até a fazenda Santa Cruz que fica a uns 10 minutos. 


Quando cheguei, uma moça abriu a porteira e me orientou a esperar na baia pelo guia. Tinha muita gente para fazer o passeio: SÓ EU! 


Levei um susto quando o tal guia apareceu cavalgando e tive alguns segundos de imaginação bem fértil...acho que tenho assistido muito filme ou realmente a cena foi, digamos, chocante!
O Ernandes estava de boné, óculos escuro, blusa de manga longa e um FACÃO ENORME na cintura. 
Fiquei bege num primeiro momento e depois pensei: MORRI!


Ele me apresentou a Escuna e fomos em direção à mata fechada, ele com seu FACÃO e eu com um medão...


Comecei um papo que me arrependi redondamente. Comentei que havia escutado um barulho que parecia ser uma conversa bem agitada entre macacos e ele disse que era sim, com certeza, pois nesta região têm muitos macacos. Foi aí que a "mané" aqui perguntou: 
- E quais são os outros animais característicos desta região? 
Ele respondeu com toda a sinceridade e naturalidade do mundo: 
- Onça.
MORRI, de novo!
Ele percebeu que fiquei tensa e tentou me tranquilizar: 
- elas não são vistas durante o dia... Com certeza isso não ajudou em nada!


A cavalgada não é simples, ou seja, não é para marinheiros de primeira viagem que nunca "pilotaram" um cavalo. Como vocês já entenderam é no meio da mata fechada numa subida íngreme, com muitas pedras pelo caminho e onças famintas esperando a comida...
O Ernandes foi na frente e usou o FACÃO várias vezes para abrir caminho, ufa! Eu logo atrás com a escuna e em vários momentos da aventura, quando ouvia um barulho, olhava logo para trás para ver se a onça não estava me perseguindo!
Pena que não deu para tirar foto do maior sapo que já vi, aí vocês terão que acreditar em mim: ele era quase do tamanho da Escuna...rssss


Chegamos no final da trilha, "estacionamos" os cavalos e continuamos a pé subindo muitos degraus rumo ao céu...


Longe de tudo e perto de Deus...esta é a sensação ao chegarmos na pedra redonda e na pedra partida. A onça e o FACÃO ficaram pequenos diante daquela paisagem gloriosa e vale muiiiiito a pena esta aventura.


Durante o meu momento contemplação e meditação, ouvi um bater de asas enorrrrmes bem ao meu lado...MORRI! Deve ser uma águia gigante que veio me pegar para me levar de comida para os seus filhotes...não era uma águia, mas, um simpático urubu que pousou na minha frente e ficou me encarando...trocamos algumas idéias e acho que estava precisando de um banho urgente!


O Ernandes é um FOFO² e na volta me me levou até uma cachoeira que é a piscina  natural dele e de sua família. Olha ele aí!


Super recomendo esse passeio com o Ernandes, desbravador da floresta encantada!
Cheguei na pousada com dores até no fio do cabelo...morrrrrta, mas, feliz da vida e isso não tem preço!


"Pit stop" para o almoço: minha primeira vez com o saboroso arroz preto.


Para melhorar as 554 dores espalhadas pelo corpo nada melhor do que uma massagem relaxante com a super Renata numa cabana no meio da mata ouvindo o som do riacho. Queria levar a cabana, o riacho e a Renata para casa...


Fim da nossa estada nesta pousada maravilhosa e lugar mágico! Passamos pelo centrinho e paramos para conhecer duas lojinhas e aí...realidade lá vamos nós!


Encontrando a paz em São Francisco Xavier / parte VI

À tarde, eu e a Adri resolvemos voltar sozinhas na cachoeira a Rosa, pois tudo o que é bom, merece um repeteco...




Eu estava na frente e dei uma parada brusca, foi quando internalizei meu grito e pensei: a Adri tem verdadeiro PAVOR de cobra, eu também não sou fã...mas, esperei alguns segundos para ver o que aquele filhote de cobra (não entendo nada, mas parecia um filhote...) iria fazer.
Ela percebeu a minha presença, mas, não saiu do caminho.
Aí a Adri perguntou: - Por que você parou?
Falei com toda a delicadeza do mundo para não assustar: - "É que tem uma cobri..." não consegui terminar a palavra, pois a Adri deu meia volta e saiu correndo! Que cachoeira que nada! Com cobra ou cobrinha não tem a menor chance de continuar...
Acho que a cobra foi um aviso, pois minutos depois começou a chover intensamente...


Pegamos mais filmes e esperamos pelo glorioso horário da massagem que havíamos agendado.
Eu fiz prediluvio com reflexologia, ai, que tudo! Você coloca os pés na água bem quente e aromatizada com lavanda e flores. O cheirinho já tem o efeito instantâneo de acalmar. Depois de 15 minutos, o Sr. Armando volta para cuidar dos pés. 
Saí outra pessoa da massagem e com novos pés!
Agora vem a parte tão esperada do dia: COMIDA!


Antes de jantarmos presenciamos a contemplação do fogo, que segundo o proprietário deste lugar mágico, ajuda a acalmar e a relaxar, pois o fogo tem o poder de hipnotizar as pessoas que ficam ao seu redor. Vimos o espetáculo saboreando um bom vinho para abrir ainda mais o apetite...


O pudim quase que fizemos igual a Ana Maria Braga e comemos embaixo da mesa, mas era muito "trampo", então resolvemos pedir mais um, ou melhor, mais dois!

Encontrando a Paz em São Francisco Xavier / parte V

Como o tanque estava cheio, aproveitei a programação do hotel e fiz uma trilha MARAVILHOSA com o o fofo do Léo,  nosso guia e garçom nas horas vagas, dois casais e uma moça - tudo gente boa!


Olha aí a horta da pousada.


No meio do percurso, alguns novos amigos interessantes e paisagens relaxantes.


Chegamos na primeira cachoeira: a Rosa. Só o barulho da queda d'água é uma massagem cerebral. Como ver uma benção da natureza e não aproveitá-la de corpo e alma? 

Fui a primeira do grupo a me jogar na água congelante, mas depois de alguns segundos, já não senti mais nada: os bracinhos, as perninhas, o corpinho inteiro estava anestesiado mas, muiiiito feliz por estar ali.


Rumo a segunda cachoeira: o Rei. Segundo a Marli, o rei fica ajoelhado aos pés da Rosa. Amei!


O acesso ao Rei é mais difícil, até parece que ele reina absoluto em seu trono sem interferências de simples mortais como nós. Não quisemos arriscar a entrada.
Fim da trilha e o Léo nos deixou acabados de volta ao hotel.
Durante todo o percurso, tivemos a agradável companhia dos dois cachorros do hotel que foram adotados e sabem que moram no paraíso, tinham vários papéis: guias, seguranças e membros da excursão, pois aproveitaram cada momento do passeio.


A hora do almoço foi para mim um momento de êxtase absoluto. O garçom anunciava o cardápio e ia trazendo conforme a nossa vontade. Cada prato uma surpresa linda e gostosa.


Desta vez, veio uma feijoada "natureba" que não deve nada para a "feiju" real. 
Cada sobremesa, um "flash": sorvete de creme com calda de amora colhida na própria fazenda, babem!





quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Encontrando a paz em SãoFrancisco Xavier / parte IV


No dia seguinte, meu reloginho interno acordou às 6:00h como de costume e pulei da cama para mergulhar num super banho de ofurô.
Percebi que o preparo faz parte do ritual e enquanto a água enche...... a mente esvazia!
Adorei temperar a água com sais e espuma de banho, depois é só entrar na panela, opss, no ofurô!


Por alguns instantes, tive a sensação de ser uma batata cozinhando naquela água fervente...mas, como adoro batata de tudo quanto é jeito, foi uma comparação que até me deu uma certa fome...


A vista do chalé 8 é simplesmente de tirar o fôlego...e enquanto eu me transformava em um batatão cozido, fiquei contemplando a paisagem verde com flores coloridas que se destacavam.



Depois de virar purê, booora aproveitar o primeiro dia do último mês do ano!
O café da manhã é "bão" demais...detonamos o pão de queijo que estava bem no estilo mineiro: macio por dentro e crocante por fora e também nos jogamos em outras delícias...


Antes de voltarmos para o quarto, a super Marli resolveu um problemão: nos quartos não tem telefone e como o chalé fica distante da recepção e restaurante fiquei "encanada" com a necessidade de me comunicar e não ter como. A Oi e a Tim morreram, portanto, sem celular e praticamente sem internet já que o 3g também morreu e o wireless tem sinal fraco nos quartos.
Já pensou se aparece algum bicho pequeno, médio ou grande? Quem poderá nos defender? Com certeza não será o Chapolim Vermelho!
Confesso que a minha única preocupação era encontrar uma barata...não consigo matar e não fico no mesmo espaço que ela, então seria complexo. Foi aí, que a Marli entendeu tudo e nos emprestou um radinho. Ai, foi tudo!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Encontrando a Paz em São Francisco Xavier - parte III

Às vezes, encontrar a paz não é tão simples assim...mas, na pousada A Rosa e o Rei ela está por toda a parte!


Na verdade deveria se chamar a rainha e o cravo, pois, foi assim que me senti neste lugar: uma rainha!

Não sei onde nem como o proprietário encontrou funcionários tão simpáticos e atenciosos...
A pousada é afastada do centrinho, por isso, a ideia é uma imersão absoluta neste lugar maravilhoso.


Ficamos no chalé número oito e na minha humilde opinião tem a melhor vista de todos. Fica bem no alto e dá para contemplar a natureza dentro do ofurô.


Pela manhã é possível testemunhar a conversa eufórica dos macacos e acordar com um despertador super agradável: o canto dos pássaros.
Pensei que por estar na natureza, poderia compartilhar o mesmo espaço físico com alguns moradores, mas, não encontrei nem pernilongo em nosso quarto. 


A limpeza é gloriosa e a decoração super aconchegante. A Adri disse nunca ter visto um edredom tão branco...


Neste quarto tem cama de casal e uma de solteiro, lareira, ofurô, vista maravilhosa, tv e dvd, frigobar, rede para a sacada e uma ducha deliciosa.


A comida é vegetariana e de primeira. Tudo é feito com muito capricho, você come com a boca e com os olhos.


A pousada também oferece terapias corporais em locais especiais (cabanas no meio da mata com vista para o riacho) você relaxa ao som da correnteza.
Além disso, você pode fazer trilhas dentro da área da pousada para conhecer as cachoeiras lindíssimas.


Realmente é um lugar para curtir e com certeza, voltar para curtir mais.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Encontrando a Paz em São Francisco Xavier - parte II


Nosso quarto ficava no alto e longe de tudo e todos. Deixamos as malas e partimos para o restaurante comer...um boi, pois estávamos famintas!
Ah, mas a comida é vegetariana, sem boi, mas tem que ter alface do tamanho de um boi para repor as energias perdidas em nossa participação especial no filme "Bruxas de Blair"!
Amei o restaurante que é super aconchegante e foi só sentar e pedir uma cerveja, ouvindo um jazz, para começar a entrar no "climão" de paz...
Os detalhes fazem toda a diferença e a decoração é simplesmente demais!











Os funcionários parecem ter saído de algum livro de ficção, pois simpatia, educação e acolhimento é raro encontrar nos dias de hoje...
Ai...a comida! Não sou vegetariana e realmente pensei que não fosse conseguir comer muita coisa, que por um lado seria ótimo para começar um regime.
Então, o garçom anunciou a entrada, prato principal e a sobremesa. Já fiquei alucinada pela sobremesa, mas, estou numa fase onde a ordem do dia é experimentar...e foi o que fiz e tive uma ótima surpresa, já que descobri que a comida é de babar litros.
Eu e minha super amiga Adri começamos a fazer planos para sequestrar a chefe de cozinha.
Vocês querem saber o menu? Aí vai!


Pãozinho com patê de ervas finas e azeite com pimenta, água aromatizada com uma folha de malva, caldo de ervilha, quibe de ricota com arroz, lentilhas e salada.
O momento sensação: pudim de maria mole com calda de morango...de comer uivando!
Descobri que quero colocar folhas de malva no filtro lá de casa...não dá mais para viver sem tomar água com malva!
Depois desta odisseia saborosa, booora estrear a super ducha e a super cama. Pegamos alguns filmes na videoteca, mas não consegui nem ver a primeira cena...desmaiei!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Encontrando a Paz em São Francisco Xavier

Para tudo de novo! O stress continua firme e forte e tá na hora de dar um "relax" total e geral, pois mau humor tem limite!
Já que o lance é relaxar...São Francisco Xavier foi a indicação da minha chefinha querida para praticar o desapego da poluição, do corre-corre diário e da alimentação nada saudável.
Aqui é a nossa avenida Júlio de Mesquita que fica ainda mais bonita quando passamos por ela rumo à gloriosa pausa para o descanso merecido...


A cidadezinha fica a 3 horas de Campinas. Fomos pela D. Pedro, passamos por São José dos Campos e pegamos uma serra, muito bem sinalizada. 






E viva o GPS que nos guiou até SFX.



Até aí tudo certo. Chegamos às 20:00 h no centrinho e quando achávamos que estávamos salvas, a coisa desandou...


Escolhi uma pousada que me apaixonei pelo site e pelo conceito de práticas zen,  comida saudável, paisagens deslumbrantes e terapias corporais relaxantes.
Até sabia que ela ficava afastada do centro, mas não tannnnto!
A estrada até a pousada é de terra batida, em bom estado de conservação, porém, já estava bem escuro e não tinha absolutamente nenhum ser humano por perto, só pequeninos vaga-lumes que insistiam em ajudar a iluminar o puro breu... 
O desespero tomou conta num certo momento onde olhei pelo retrovisor e não via nada e pela frente só chão de terra em meio à mata fechada.
A última placa que avistamos ficou a 20 minutos e nenhuma outra placa acenava a direção certa deste longo trajeto no melhor estilo "Bruxas de Blair".
O percurso foi "trash" e confesso que as cenas do filme vinham na minha cabeça e criou-se um clima de suspense...
Até que demos gritos de emoção e alívio ao avistarmos a pousada a Rosa e o Rei (que será tema de um novo post)
Pelos poderes de "Grayskull"! Estávamos exaustas com a tensão e suspense da viagem... e famintas!

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