domingo, 30 de setembro de 2012

Jericoacoara – 4º dia


Aiiiii, último dia no paraíso! Não gosto desta palavra: “ÚLTIMO”. É só pensar nela que bate um desespero geral para ficar mais tempo no vidão...e aí, a gente começa a planejar 1001 desculpas para a chefinha querida e estratégias para não voltar à realidade!
Planejamento da primeira parte do dia: encontrar a famosa Pedra Furada. Ir para Jeri e não ver a tal Pedra Furada deve ser parecido com: ir para o Rio e não ver o Cristo...
Como o nosso meio de transporte para este passeio é a sola do pé, dormimos até mais tarde para recarregar a bateria.
Este passeio pode ser realizado de duas formas: pela praia ou pelo morro. É óbvio que pela praia é mais bonito e mais emocionante, mas, é necessário levar em conta a tábua da maré, ou seja, só dá para ir pela praia quando a maré estiver baixa. E o melhor é que dá para saber os horários da dita cuja. É só entrar no http://www.tabuademares.com/br/ceara/jijoca-de-jericoacoara e pesquisar.
Fomos com a cara, pé e coragem enfrentar a maré, pois, não deu para pesquisar antes e contamos com a SORTE que estava do nosso lado!
É uma boa caminhada de mais ou menos duas horas (ida e volta), dependendo do ritmo, equilíbrio, fôlego, etc...para descansar é só contemplar as paisagens!
No começo, nível fácil e livre acesso para os marinheiros de primeira viagem! Quando chegamos mais ou menos na metade do caminho, a coisa complicou...muita pedra escorregadia e a maré parecia ameaçadora, pois, se ela resolvesse subir, íamos morrer afogados no meio das pedras do paraíso.
Nestas horas de sufoco nunca aparece ninguém para resolver a situação e estávamos quase desistindo do desafio...quando eu avistei um menino vendedor ambulante de água vindo em nossa direção.
Perguntei se a maré estava subindo e se poderíamos passar e ele gentilmente colocou a caixa de isopor no chão, disse que não havia perigo, pois, ela estava baixa e nos ajudou a passar. Foi aí que perguntei se não tinha nenhum guia para nos levar até a Pedra Furada e ele na mesma hora:
-“Eu posso levar vocês”. 
E quanto custa? 
–“não precisa pagar nada.”
Tá bom, eu não preciso, mas, vou pagar...só quero saber quanto custa? 
–“quanto você quiser pagar”.
Jaílson foi a nossa salvação: matou a nossa sede e foi o melhor guia que eu já tive na vida! Uma simpatia de menino. Estuda e trabalha para ajudar a família e se comunica com turistas de toda a parte do mundo, mesmo falando somente o português.
Jaílson mostrou a incrível caverna que você entra por um lado e sai pelo outro em apenas 5 segundos e ainda garantiu que não tinha morcegos!
Também mostrou a super piscina no meio das pedras e insistiu para eu experimentar. Para entrar foi uma beleza, só pular, agora para sair, não tinha escadinha...aí foi o óóóóó!
Mostrou a pedra que não balança e não cai! É incrível, pois, ela é sustentada por conchinhas e a força da água não consegue derrubá-la.










Pelo caminho, Jaílson ia mostrando os aquários naturais que são formados pela maré. LINDOS!













Você já pegou um lagostim? Eu só tinha visto esta delícia no prato e Jaílson com toda a sua habilidade viu o bicho de longe e trouxe para uma sessão de fotos!

Depois de toda esta aventura, chegamos na Pedra Furada e realmente é um lugar mágico...uma escultura da natureza.











Para comemorar a nossa chegada nada melhor do que um mergulho e uma água de coco para prepararmos o corpinho para a volta!

Conhecemos a família de Jaílson que trabalha como vendedor ambulante neste ponto turístico (pai, tio, irmão, primo...) e ele voltou com a gente sempre apontando o caminho mais seguro para passar.
Quase levei Jaílson para casa! Foi o ponto alto do passeio! Sabem o que ele quer ser quando crescer? Guia em Jeri!
Amorrrrr, você já é!






domingo, 23 de setembro de 2012

JERICOACOARA - 3º DIA / PARTE III

Pense rápido: quantas partes tem um dia?
Em Jeri, têm várias...
Voltamos do passeio de Tatajuba e Clarício nos deixou na praia, onde alugamos cadeira e guarda-sol e ficamos curtindo o sol, o mar e uma batidinha de Kiwi!

A "procissão" para ver o pôr do sol começa às 17:00h e parece que a cidade inteira tem um encontro marcado. 
É um verdadeiro ritual, onde cada um sobe às dunas do jeito que quer e escolhe um lugarzinho para sentar e esperar pelo grande astro no finalzinho da tarde.
Bom, não tem como errar o caminho, é só seguir o fluxo...ou se tiver alguma dúvida, é só ler a placa!
Tem que ter fôlego para subir e força para enfrentar o vento carregado de areia, mas o espetáculo compensa! A areia invade absolutamente tudo...quando você entra no banho é que se dá conta que um caminhão de areia veio junto com você! Na foto acima, têm um tipo de transporte utilizado para descer, mas, como diz o ditado: para descer, todo santo ajuda...
No slide abaixo, algumas fotos do espetáculo que tentam capturar a magia deste momento:

E cada um desce ou se joga do jeito que quiser!

Depois de tudo isso, booora tomar banho e com tanta areia, dá para fazer uma esfoliação de primeira! 
Jantar camarão no abacaxi no Dona Amélia e curtir um forró pé de serra é tuuuudo para fechar a última parte do dia com chave de ouro!





domingo, 9 de setembro de 2012

JERICOACOARA - 3º DIA / parte II


De volta para o caminho até Tatajuba, que é uma pequena aldeia de pescadores que foi encoberta pelas dunas. Dá para ver as ruínas e coqueiros pela metade da altura. Mas, Tatajuba foi reconstruída e se transformou na Nova Tatajuba!








Na minha opinião, o mais legal deste passeio é o próprio caminho, cheio de paisagens incríveis, que parecem que foram pintadas à mão com uma pitada de aventura...
 Atravessamos o rio Guriú em embarcações bemmm rústicas...dá até a impressão que o brinquedo vai quebrar!
 Ao chegarmos no topo de uma duna, Clairton parou para tirarmos fotos e perguntou se alguém gostaria de descer de esqui bunda, recusamos a oferta, mas, confesso que achei que existia outro caminho. Quando percebi que aquele era o único, olhei para o Clairton e acho que por algum motivo, expressei “um certo pânico” e aí ele disse: “Confie em mim”.
Fazer o que? Confiei, sentei no carro e gritei muiiito!
 Lagoa da Torta, finalmente! Pois, depois de tanta aventura estava “verde” para ir ao banheiro!
 Definitivamente, nesta lagoa não dá para ver a francesinha do pé, aliás, não dá para ver nada, pois, a água é turva e não é bonita como as outras.
Fui com prazer aliviar a tensão e perguntei onde era o banheiro, o garçom apontou e disse: "é só seguir reto..." aí, tive o imenso desprazer em conhecer o que nomeei de "casinha do diabo", pois, não tenho coragem de chamar aquilo de banheiro e acredito que muita gente não tem coragem nem de entrar na tal casinha...e aí não dá para saber se a água é tão limpa assim...
Para esquecer de vez este episódio e poupá-los dos detalhes sórdidos... só mesmo uma cerveja bem gelada, um baião de dois e as paisagens da volta!


 






E o dia ainda não acabou...

domingo, 2 de setembro de 2012

Jericoacoara - 3º dia

Mais um passeio com o super Clairton e o casal paulistano. Só que desta vez, o destino foi Tatajuba e a lagoa da Torta.
Andar de buggy pela areia da praia, com os cabelos ao vento é uma sensação única de liberdade, ainda mais para quem está acostumada com trânsito e paisagens de prédios e casas por todos os lados...
Fiquei bastante impressionada com a imensidão de água salgada. É um litoral infinito e rico de lindas praias. Virou APA (área de proteção ambiental) em 1984 e é tudo preservado, sendo proibido construir ou poluir nesta área, por isso, são quilômetros e quilômetros de praias limpas, lindas e desertas.
A primeira parada foi para ver o cavalo marinho. É um passeio opcional e o guia leva de barco (sem motor) um grupo por um braço de mar que se transformou em mangue, parece mesmo um rio, com águas calmas.








Valeu super a pena fazer, pois, foi uma verdadeira aventura encontrar o tal cavalo marinho!
No barco estavam o nosso casal companheiro de passeios, um casal de Fortaleza e uma moça que estavam em outro buggy e foi o suficiente para tocarmos uma "zona" no barco!  Estávamos tão ávidos para ver o cavalinho que vimos caranguejos, cobra e outros bichos, menos o dito cujo! Já tínhamos desistido de encontrá-lo, quando, no último minuto do 2º tempo, o barqueiro sinalizou ter visto: foi tanta emoção que quase viramos o barco!
Ele não só sinalizou como pegou dois cavalos marinhos: um normal e outro grávido de mais ou menos seiscentos filhotes. Ah, e sabem quem fica grávido? O macho!
A aventura ainda não terminou...no próximo post tem mais!


sábado, 1 de setembro de 2012

JERICOACOARA - 2º DIA/ parte II

Depois do relax total na lagoa azul, fomos para a próxima, que pode vir quente que estávamos fervendo...ohh, solzão arretado, sô! Protetor solar é bom e necessário no corpo todo, até na orelha, que esqueci de passar e ficou roxa de tão vermelha!
Lagoa do paraíso, que o próprio nome diz tudo: é o paraíso! A água continua a mesma, pois, faz parte da mesma lagoa, só que ficam separadas em lados opostos. Desta vez, ficamos na mesa dentro da água e pedimos camarão, que estava DIVINO!
Aqui permanecemos por 3 horas e por mim ficava ancorada "A" de eterno neste mundo particular sem poluição, sem barulho, sem stress...só no vidão!
À noite, o Clairton nos convidou para jantar lagosta e peixe feitos por ele mesmo, junto com outros clientes "VIPS", no bar da Nega... chegamos à conclusão que além de excelente motorista e guia, é um cozinheiro de mão cheia!
O lugar é bem simples, mas, tínhamos excelentes companhias, boa comida e cerveja gelada...alguém precisa de mais alguma coisa?
Os outros convidados fizeram passeio com ele no dia anterior e era um casal "tudo de bom" de Minas e dois amigos super legais de Roma. O papo foi super interessante: rolou inglês, italiano, espanhol e português! 
Barrigão lotado foi para cama descansar, pois, a aventura continua...
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